Mulheres e algemas: a relação maternal das mulheres encarceradas à luz das ciências sociais

Autores

  • Miquelly Barbosa Silva Universidade de Brasília

Palavras-chave:

Mulher. Prisão. Presídio feminino. Proteção à maternidade.

Resumo

Uma em cada três grávidas em presídios foram obrigadas a usar algemas na hora do parto. A realidade carcerária brasileira tem sido alvo de importantes reflexões acadêmicas, transformando-se num objeto de estudo imprescindível à própria compreensão da dinâmica da violência. É consensual a percepção de que a precariedade e a insuficiência da organização prisional resultam em diversos problemas. Assim, o presente trabalho propõe uma discussão acerca das peculiaridades enfrentadas pelas mulheres em situação de cárcere e tem como objetivo analisar os efeitos da prisão, rupturas e vivências para mulheres encarceradas em suas relações maternais. A pesquisa aborda a relação das mulheres dentro e fora do presídio, centrando nos efeitos das rupturas. Portanto, propõe-se neste texto identificar as nuances, fraturas e continuidades em suas relações, especialmente as maternais. Ainda, se justifica em razão da repercussão gerada pelo encarceramento, em razão do rompimento das expectativas sobre o comportamento feminino. Para tanto, ampara-se, metodologicamente, na pesquisa bibliográfica e leva em conta trabalhos e pesquisas realizados sobre a prisão feminina e suas nuances, bem como dados estatísticos apresentados por órgãos oficiais.

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Publicado

31-08-2020

Como Citar

SILVA, Miquelly Barbosa. Mulheres e algemas: a relação maternal das mulheres encarceradas à luz das ciências sociais. Revista do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, [S. l.], v. 32, n. 2, p. 3–21, 2020. Disponível em: https://revista.trf1.jus.br/trf1/article/view/135. Acesso em: 21 nov. 2024.