Minorias e conflitos socioambientais
reflexões sobre desigualdades e possíveis equacionamentos
Keywords:
minorities, tradicional people, socio environmental conflicts, coloniality, political ecologyAbstract
This article aims to investigate whether traditional populations can be included within a political, sociological, anthropological, and legal understanding of minorities, within the context of socio-environmental conflicts. The relevance of this study lies in the possibility of recognizing a situation of legal and social vulnerability of certain groups, which would consequently bring about the necessity for special state protection, both legal and judicial. This analysis is made in the light of political ecology and the coloniality of nature, with bibliographic review, case study, documentary research, in the strict sense, legal and jurisprudential. The work was developed in four parts, one to develop the concept of minorities, one to develop the concept of socio-environmental conflict, one to the case study and one to analyze the situation of lack of fundamental rights of traditional populations and its possible rectification. The results obtained prove that traditional populations conform to the concept of minorities and, as such, require special protection.
Downloads
References
ANGGRAENI, Mustika; GUPTA, Joyeeta; VERREST, Hebe J. Cost and value of stakeholders participation: A systematic literature review. Environmental Science & Policy, 101, p. 364-373, 2019.
ASSIS, Wendell Ficher Teixeira. Do colonialismo à colonialidade: expropriação territorial na periferia do capitalismo. Caderno CRH, 27, n. 72, p. 613-627, 2014.
BENATTI, José Helder. Posse Agroecológica e Manejo Florestal. Curitiba: Editora Juruá, 2003.
BOBBIO, Norberto. La naturaleza del prejuicio. Racismo, hoy. Iguales y diferentes. (35 p.). Consejo nacional para prevenir la discriminación. México: 2012. Disponível em: http://www.justicia.gob.ec/wp-content/uploads/downloads/2012/07/5_Igualdad.pdf.
BRANDI, Ana Carolina Dias; CAMARGO, Nilton Marcelo de. Minorias e Grupos Vulneráveis, multiculturalismo e Justiça Social: Compromisso da Constituição Federal de 1988. In “Minorias e Grupos Vulneráveis: Reflexões para uma tutela inclusiva”, Dirceu Pereira Siqueira e Nilson Tadeu Reis Campos Silva (Orgs). 1. Ed. Birigui-SP: Boreal, 2013. p. 49.
BRASIL. Constituição Federal de 1988. Disponível em https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm. Consultada em: 18/03/2025.
________. Lei 9.985 de 18 de julho de 2000, criou o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza (SNUC) e estabeleceu normas para a criação, implantação e gestão das unidades de conservação. Disponível em https://www.planalto.gov.br/cciviL_03///LEIS/L9985.htm#:~:text=LEI%20No%209.985%2C%20DE%2018%20DE%20JULHO%20DE%202000.&text=Regulamenta%20o%20art.%20225%2C%20%C2%A7,Natureza%20e%20d%C3%A1%20outras%20provid%C3%AAncias. Acesso em 13/09/2024.
________. Lei nº 11.428 de 22 de dezembro de 2006. Dispõe sobre a utilização e proteção da vegetação nativa do Bioma Mata Atlântica, e dá outras providências. Disponível em https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2006/lei/l11428.htm . Acesso em 13/09/2024.
________. Decreto Federal 6.040 de 7 de fevereiro de 2007. Institui a Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais. Disponível em https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/%5C_Ato2007-2010/2007/Decreto/D6040.htm . Acesso em 13/09/2024.
________, Supremo Tribunal Federal – STF. RE 349703, Relator(a): CARLOS BRITTO, Relator(a) p/ Acórdão: GILMAR MENDES, Tribunal Pleno, julgado em 03/12/2008.
________, Supremo Tribunal Federal – STF. ADI 5240, Relator(a): LUIZ FUX, Tribunal Pleno, julgado em 20/08/2015.
_______, Supremo Tribunal Federal – STF. ADI 4269/DF, Relator(a): EDSON FACCHIN, Tribunal Plano, julgado em 18/10/2017.
_______, Supremo Tribunal Federal – STF. ADI 5475, Relator(a): CÁRMEN LÚCIA, Tribunal Pleno, julgado em 20/04/2020.
_______, Supremo Tribunal Federal – STF. ADPF 748 MC-Ref, Relator(a): ROSA WEBER, Tribunal Pleno, julgado em 30/11/2020.
CARMO, Cláudio Márcio do. Grupos minoritários, grupos vulneráveis e o problema da (in)tolerância: uma relação linguístico-discursiva e ideológica entre o desrespeito e a manifestação do ódio no contexto brasileiro. Revista do Instituto de Estudos Brasileiros. N. 64, ago/2016, pp. 201-223.
CORONIL, Fernando. Natureza do pós-colonialismo: do eurocentrismo ao globocentrismo. In: LANDER, E. (Org.). A colonialidade do saber: eurocentrismo e Ciências Sociais. Buenos Aires: CLACSO, 2005. p. 103-132.
CIDH - Corte Interamericana De Direitos Humano. Caso Da Comunidade Indígena Xákmok Kásek Vs. Paraguai. Sentença de 24 de agosto De 2010. Disponível em chrome-extension://efaidnbmnnnibpcajpcglclefindmkaj/https://www.corteidh.or.cr/docs/casos/articulos/seriec_214_por.pdf. Acesso em 16/09/2024.
_______. Caso do Povo Saramaka Vs. Suriname. Sentença de 28 de novembro de 2007. Disponível em chrome-extension://efaidnbmnnnibpcajpcglclefindmkaj/https://www.corteidh.or.cr/docs/casos/articulos/seriec_172_por.pdf . Acesso em 16/09/2024.
ESCOBAR, Arturo. Antropologia e desenvolvimento. Maguaré, 34, n.1, p. 271-308, 2020.
FRASER, Nancy. Reconhecimento sem ética? Lua Nova: Revista de Cultura e Política, p. 101-138, n. 70, 2007.
GUDYNAS, Eduardo. Estado compensador y nuevos extractivismos: Las ambivalencias del progresismo sudamericano. Nueva Sociedad. Nº 237, p. 128-146, 2012.
JUBILUT, Liliana Lyra. Itinerários para a proteção das minorias e dos grupos vulneráveis: os desafios conceituais e de estratégias de abordagem. In: JUBILUT, Liliana L.; BAHIA, Alexandre G. M.; MAGALHÃES, José L. Q. (Org.). Direito à diferença 1: Aspectos teóricos e conceituais da proteção às minorias e aos grupos vulneráveis. São Paulo: Saraiva, 2013. p. 13-30.
JURÉIA, União dos Moradores (UMJ); JURÉIA, Associação dos Jovens (AJJ). Plano de uso tradicional caiçara das comunidades tradicionais da Juréia-SP. Grajaúna, Rio Verde, Praia do Una, Praia da Juréia, Rio Comprido e Cachoeira do Guilherme. 2018.
LEFF, Enrique. A aposta pela vida: imaginação sociológica e imaginários sociais nos territórios ambientais do sul. Ed. Vozes. Petrópolis, 2016.
_______. La Ecología Política en América Latina: un campo en construcción. Sociedade e Estado, v. 18, no 1/2, pp. 17-40, 2003.
_______. Power-knowledge relations in the field of political ecology. Ambiente & Sociedade, 20, n. 3, p. 225-256, 2017.
LITTLE, Paul E. Territórios sociais e povos tradicionais no Brasil: por uma antropologia da territorialidade. Brasília: UNB, Departamento de Antropologia, 2002.
_______. Ecologia política como etnografia: um guia teórico e metodológico. Horizontes Antropológicos, ano 12, no 25, pp. 85-103, 2006.
MARTINS, Argemiro Cardoso Moreira; MITUZANI, Larissa Caetano. Direito das Minorias Interpretado: o compromisso democrático do direito brasileiro. Disponível em: . Acesso em: 22/11/2024.
MARTÍNEZ ALIER, Joan. La ecología política y el movimiento global de justicia ambiental. Ecología Política. Cuadernos de debate internacional. 25 años de Ecología Política. Nº 50. Barcelona. Diciembre, pp. 55-61, 2015.
________. Ecologismo dos Pobres: conflitos ambientais e linguagens de valoração. Ed Contexto. São Paulo, 2007.
MENEZES JÚNIOR, Eumar Evangelista de; BRITO, Edson de Sousa; SOUZA, Maria Helena Borges. Direito das minorias e os múltiplos olhares jurídicos e sociais. Revista Cadernos de Ciências Sociais da UFRPE, v. 1, n. 4, p. 65-78, jan./jul. 2014.
MIGNOLO, Walter D. A Geopolítica do Conhecimento e a Diferença Colonial. Revista Lusófona de Educação, 48, n. 48, p. 187-224, 2020.
OIT - Organização Internacional do Trabalho. A Convenção n° 169, sobre Povos Indígenas e Tribais, de 27 de junho de 1989, internalizada pelo Brasil através do Decreto n° 5.051, de 19 de abril de 2004 e, depois, consolidada pelo Decreto n° 10.088/2019, em seu Anexo LXXII.
PIRES. Menelle. Ecologia Política Latino-Americana: a visão da Gestão Ambiental–UNB/FUP sobre a Ecologia Política Latino-americana. Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) Gestão Ambiental. Brasília: Universidade de Brasília, 2017.
QUIJANO, Anibal. Colonialidad del poder y clasificacion social. Journal of World-Systems Research, Pittsburgh, 11, n. 2, p. 342-386, 2000.
________; WALLERSTEIN, Immanuel. Americanity as a concept, or the Americas in the modern world-system. International Social Science Journal, 44, n. 4, p. 549–557, 1992.
RAMACCIOTTI, Barbara Lucchesi; CALGARO, Gerson Amauri. Construção do conceito de minorias e o debate teórico no campo do Direito. SEQÜÊNCIA (FLORIANÓPOLIS), VOL. 42, N. 89, 2021.
ROBBINS, Paul. Political Ecology: a Critical Introduction. Oxford: John Wiley & Sons Ltd., 2012.
SÃO PAULO. Decreto/SP nº 24.646, de 20 de janeiro de 1986. Cria a Estação Ecológica de Juréia-Itatins e dá providências correlatas. Disponível em chrome-extension://efaidnbmnnnibpcajpcglclefindmkaj/https://www1.icmbio.gov.br/cepsul/images/stories/legislacao/Decretos/1986/dec_24646_1986_estacaoecologicajureia_itatins_sp.pdf . Acesso em 12/09/2024.
¬¬¬______. Lei Estadual 12.406/06, de 12 de dezembro de 2006. Instituiu o Mosaico de Unidades de Conservação da Juréia-Itatins. Disponível em https://www.al.sp.gov.br/repositorio/legislacao/lei/2006/lei-12406-12.12.2006.html . Acesso em 12/09/2024.
_______. Lei 14.982 , de 08 de abril de 2013. Altera os limites da Estação Ecológica da Jureia-Itatins, na forma que especifica, e dá outras providências. Disponível em https://www.al.sp.gov.br/repositorio/legislacao/lei/2013/lei-14982-08.04.2013.html . Acesso em 12/09/2024.
SIQUEIRA, Dirceu Pereira; CASTRO, Lorena Roberta Barbosa. Minorias e grupos vulneráveis: a questão terminológica como fator preponderante para uma real inclusão social. Revista Direitos Sociais e Políticas Públicas (UNIFAFIBE), v. 5, n. 1, p. 105-122, 2017.
WALSH, Catherine. Shifting the Geopolitics of Critical Knowledge: decolonial thought and cultural studies Others‘ in the Andes. Cultural Studies, 21, n. 2-3, p. 224-239, 2007.
ZHOURI, Andrea; OLIVEIRA, Raquel. Desenvolvimento, conflitos sociais e violência no Brasil rural: o caso das usinas hidrelétricas. Ambiente & Sociedade, 10, p.119-135. 2007.
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
Copyright (c) 2025 Revista do Tribunal Regional Federal da Primeira Região

This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
Ao submeterem artigos à Revista do Tribubnal Regional Federal da 1ª Região, os autores declaram ser titulares dos direitos autorais, respondendo exclusivamente por quaisquer reclamações relacionadas a tais direitos, bem como autorizam a revista, sem ônus, a publicar os referidos textos em qualquer meio, sem limitações quanto ao prazo, ao território, ou qualquer outra. A revista fica também autorizada a adequar os textos a seus formatos de publicação e a modificá-los para garantir o respeito à norma culta da língua portuguesa.












