O misticismo de Torto Arado como uma alegoria representativa da desigualdade de gênero, raça e classe que afeta as mulheres negras no Brasil
Palavras-chave:
desigualdade de gênero, direito, mulher, obra literária, raça, violência de gêneroResumo
O artigo tem por escopo analisar a profundidade da escrita de Itamar Vieira Júnior na premiada obra Torto Arado ao tratar de temas como a desigualdade de gênero, raça e classe presentes nas comunidades quilombolas da Chapada Diamantina. Enquadrando-se na perspectiva literária do Realismo Mágico, o livro em comento utiliza a religião do Jarê e suas peculiaridades para, por meio de suas alegorias e da complexa vivência das personagens principais, como de toda comunidade de Água Negra, tecer uma crítica social profunda ao esquecimento sofrido por comunidades quilombolas, rurais e de baixa renda, permitindo perceber que, nesse tipo de contexto social desfavorável, o racismo e o sexismo encontram ainda mais forças para se desenvolver e afastar as mulheres de seus direitos humanos. O trabalho em tela utilizou o método indutivo e a pesquisa bibliográfica e legal para demonstrar a relevância da obra no reconhecimento e na valorização dos povos quilombolas, além da necessária sensibilização acerca da temática da tríplice e interseccional desigualdade que afeta as mulheres negras de baixa renda da Chapada da Diamantina, permitindo que se compreenda a necessidade de uma real mudança cultural positiva rumo à igualdade.
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